terça-feira, 20 de dezembro de 2011

[DL2011] Cinco Minutos, de José de Alencar

Em 2007, eu precisava ler Iracema para o vestibular da Fuvest e acabei comprando essa edição da Martin Claret que vinha com Cinco Minutos. Durante anos me senti mal por não dar moral para a segunda obra. Tudo bem que em minha memória ainda estava todo o sofrimento que tive com a primeira página de Iracema e as 14 palavras que procurei no dicionário. Mas Cinco Minutos estava sempre lá, desprezado em todos os três anos que li Iracema. Foi aí que o Desafio Literário me deu a chance de me redimir em agosto, com o tema Clássicos da Literatura Brasileira.
Entusiasta da liberdade, não posso admitir de modo algum que um homem se escravize ao seu relógio e regule as suas ações pelo movimento de uma pequena agulha de aço ou pelas oscilações de uma pêndula.
Li Cinco Minutos, de José de Alencar e adorei. É uma história de amor contada em forma de carta, cujo argumento principal é mostrar como cinco minutos pode mudar a vida de alguém. O personagem principal chega na estação cinco minutos depois que seu ônibus partiu, tendo que esperar pelo próximo, onde conhece uma mulher misteriosa que está sentada ao seu lado e lhe deixa tocar a mão. Sim, é aquela inocência fofa do romantismo. Ele morre de amores pela mulher na mesma hora, mesmo sem ver seu rosto, coberto por véus. A viagem acaba, semanas se passam e ele não consegue se esquecer da mulher de mão macia, que poderia ser feia, mas que ele sentia que era bela. E depois durante toda a história ele correndo atrás de seu amor desconhecido, que quando é encontrada pede que se esqueça dela.
Escuta, meu amigo; falemos seriamente. Tu me dizes que me amas; eu o creio, eu o sabia antes mesmo que me dissesses. As almas como as nossas quando se encontram , se reconhecem e se compreendem. Mas ainda é tempo; não jugas que mais vale conservar uma doce recordação do que entregar-se a um amor sem esperança e sem futuro?...
É uma história pequena, mas que me agradou muito. Se estiver precisando de uma dose de amor puro, em letras rebuscadas e declarações infinitas, Cinco Minutos é uma boa recomendação!

Beijokas e inté! ;D

3 comentários:

  1. Nossa, este foi rapido!
    Parece ser muito meloso e um pouco triste, mas do jeito que você descreveu até que ficou legal.
    Talvez eu leia um dia desses em algum 5 minutos qualquer.
    Gostei.

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  2. Confesso que ver a capa de Iracema já me causa urticária.
    Mas eu gosto de José de Alencar (tirando os indianistas, cheio de palavras desconhecidas) e fiquei curiosa pra ler este. Parece ser fofinho.
    ; *

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  3. Mog me empresta?kkk Estou precisando de uma dose de amor puro, e der LER livros haha .Beijos

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