segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Informes UFG: Centro de línguas e o Centro de Práticas Corporais

Oie gente.

Primeiramente, desculpem-me. Quase três meses sem postar. Mas vamos cuidar disso escrevendo ao invés de tagarelar do porque que eu fiquei afastada.

Hoje eu vim com uma novidade: informes aos alunos (coleguinhas ^^) da UFG, e comunidade em geral, sobre as inscrições que estão abertas essa semana, do Centro de línguas e o Centro de Práticas Corporais (SIM! Ambos projetos são abertos à pessoas que não contém vínculo com a UFG) .

O Centro de Línguas oferece cursos de
Inglês, Espanhol, Francês, Italiano, Português e Libras. O curso é pago. É cobrado uma taxa semestral e o preço varia de acordo com o vínculo com a universidade. Para as pessoas da Faculdade de Letras (professores, funcionários e alunos), a taxa única é de R$160,00. Para a comunidade universitária (e eu me incluo aqui!), a taxa é de R$250,00. Já para a comunidade em geral (pessoas sem vínculos com a UFG), a taxa é de R$320,00.

Os dias de matrícula variam de acordo com a língua, e com o tipo de aluno (se é da Faculdade de Letras ou não, e se é veterano do curso de línguas ou não).


Diz a lenda que é preciso madrugar na fila para pegar Inglês I ... Então prepare uma cadeira para tornar a espera mais confortavel. Ouvi história de gente que dorme na fila. O.o' Mas se você quer outra língua (como eu ^^), parece que não é tão bruto o sistema.

Para saber mais, além de dar uma passadinha na secretária do curso na Faculdade de Letras, você pode ligar para (62) 3521-1412 ou 3521-1135. Clique aqui para visualizar o folder do Centro de Línguas/2º semestre de 2010.

Vamos agora ao informe do
Centro de Práticas Corporais da Faculdade de Educação Física. Esse eu posso falar de maneira mais pessoal, porque no primeiro semestre eu participei de duas modalidades oferecidas no projeto de extensão do CPC. São oferecidas um total de 14 modalidades: Judô, Taekwondo, Capoeira, Defesa Pessoal, Muay Thai, Voleibol, Natação, Musculação, Hidroginástica, Ginástica Artística, Ginástica localizada, Dança de Salão, Dança do Ventre e Street Dance. (Eu fiz os dois últimos \o/)

Quem pode participar? Qualquer pessoa. Independente de ter vínculo com a UFG, todos pagam uma taxa de mesmo valor: R$ 50,00 para turma com três aulas por semana e R$ 45,00 para turmas com aulas duas vezes por semana. Para conhecer os horários de cada modalidade
CLIQUE AQUI. As inscrições para os veteranos (olha que chique, eu já sou veterana em alguma coisa na UFG u.u) vão do dia 02 à 05 de agosto, e para os novatos a inscrição é apenas no dia 05. Vale anotar que as inscrições serão feitas na FEF das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas. As aulas começam dia 09 de agosto. Para mais informações: (62) 3521-1085.

Esse fim de semana (o último das férias, diga-se de passagem), conversando com uma veterana de Jornalismo da UFG, ela me disse que não sabia que esses cursos são oferecidos pela FEF. E ficou bem surpresa. Esse é um dos motivos pra esse post: acho importante divulgar o que a UFG oferece, assim como é importante conhecer e usufruir do que a universidade dispõe.

Para finalizar o post, um recadinho: essa semana eu devo ganhar um pc novo do papai, o que vai facilitar algo que eu estou planejando para deixar o blog mais dinâmico. Eu quero fazer alguns vídeos em formato de Vlog (se você não sabe o que é um Vlog, vou deixar um especialista contar pra você: assistam o vídeo do Leon
clicando aqui!) e o primeiro será uma retrospectiva do primeiro semestre letivo de 2010!

Vale lembrar que meu canal do youtube já tem alguns vídeos postados. Vou deixar um aqui pra vocês: do meu professor de Street, Rafael, me mostrando dois passos pra eu treinar em casa (cof ... cof ... prometo que vou ser mais aplicada esse semestre :D ).

Beijokas, e obrigada por voltarem ao blog comigo.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Le Petit Prince

Ontem foi um dia frio com uma manhã suave. Mas só uma parte da manhã, pequena como o príncipe. Mas não é aquele do Maquiavel, que é só em Ciência Política II. E nem ouse falar de Ciência Política, porque a prova foi hoje.

Mas ontem uma pequena parte da minha manhã foi suave. No lugar de estudar os textos do Bobbio, Dahl e companhia, li o livro do
Antoine de Saint-Exupéry. Aquele sobre um príncipe. O Pequeno Príncipe.

Talvez eu o tenha locado numa tentativa de entender o meu caderno de Ciência Política, que tem na capa e nas folhas o menino de cabelos dourados (Le Petit Prince), suas estrelas ("essas coisinhas douradas que fazem sonhar os preguiçosos." pag 47) e sua flor - indefesa e vaidosa. E olhem só a coincidência: assim como no meu caderno, o livro fala sobre autoridade e poder.
"-Se eu ordenasse a meu general voar de uma flor a outra como borboleta, ou escrever uma tragédia, ou transformar-se numa gaivota, e o general não executasse a ordem recebida, quem, ele ou eu, estaria errado?
- Vós - respondeu com firmeza o principezinho.
- Exato. É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar - replicou o rei. - A autoridade se baseia na razão."
(pag 39)
Mas não vamos falar Ciência Política. "As pessoas grandes são muito esquisitas". Vamos falar sobre planetas pequenos, asteróide B 612, baóbas, vulcões que server para esquentar o café da manhã, e desenhos de carneiro e de jibóias digerindo elefantes. Mas se você enxergar um chapéu, ai teremos que mudar de assunto, porque "é cansativo, para as crianças, estar toda hora explicando". Ainda sim poderemos falar de flores. Mas nunca pense que elas são todas iguais.
"- É preciso que suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. [...] quanto aos bichos grandes, não tenho medo deles. Eu tenho as minhas garras.
E ela mostrava ingenuamente seus quatro espinhos."
Eu adorei o livro. Tão sutil e bonito ... Merece que eu não faça uma sinopse, para que os que não leram possam chegar na história como um viajante em um planeta desconhecido. Quando cheguei, a única coisa que eu conhecia era a palavra (contendo sete letrinhas e todas juntinhas se lê "cativar"!) que significa "criar laços", e estava ansiosa pela aparição da raposa e o sua frase clássica "Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.". Mas acabei selecionando um outro trecho do sábia raposa de orelhas que parecem chifres, e é com ele que eu termino o post ;D
"- Minha vida é monótona [...] mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. [...] Vê, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo..." (pag 68)

Nascer do sol, na rua da casa da minha vó. Sempre me faz sorrir.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Você sabe o que é Chick Lit?

1) O que é Chick Lit?

A dona do
blog Lost in Chick Lit escreveu sobre o "gênero literário" (existem controvérsias se seria literatura ou subliteratura) : "tipo de livro bem parecido com as comédias românticas que A-M-A-M-O-S ver nos cinemas, cheio de humor e voltada especialmente para nós garotas!". Bem, sorte que eu só li isso agora, já que esse tipo de filme passa longe dos meus preferidos. Achei esse blog atrás de sorteios na internet (um vício que me possui), e fiquei curiosa para saber o que é Chick Lit. Depois de ler um post da Juliana Steffens (vale a pena ler o post pra descobrir o que são aqueles livros de capa colorida que sua irmã/prima/vizinha paty não solta) adotei a seguinte frase pra explicar o que é Chick Lit: "São basicamente livros escritos sobre mulheres, para mulheres e normalmente por mulheres."

No final do post ela diz: "Eu as (os) desafio! Leia não 1, mas 2 ou três antes de dar o seu veredito, você poderá se surpreender!!". Pois bem. Eu aceitei o desafio. Li um livro do gênero e decidi dar meu veredito. Antes que digam "Pô, mais ela disse pelo menos dois... ", fica aqui registrado que seria fácil e até divertido ler outro Chick Lit, mas como eu vou escrever sobre o que eu li, eu precisava fazer toda essa introdução.

Duas semanas atrás eu fui na biblioteca do SESC Universitário (adoro aquele lugar!), e namorando as prateleiras de livros achei uns mais chamativos, com capa verde, rosa, roxo, listras, títulos com a fonte bem descontraída, e lembrei do post sobre Chick Lit. Sabia que os livros que estavam ali eram das autoras principais. Li um nome familiar: " Bridget Jones". Nunca assisti o filme. Não me interessei pelo livro, até porque era o segundo sobre a personagem. Mas do lado, tinha um livro da mesma autora chamado "Causa Nobre". Na capa, um colar de pérolas, uma câmera cinematográfica, duas crianças negras com braços finos e barriga estufada, e uma cabana (ou choça, não sei qual a nomenclatura correta). Loquei o livro. O que eu achei?

2) Meu primeiro Chick Lit: CAUSA NOBRE, de Helen Fielding

Achei que é uma opção de passatempo, e que deve ser um dos Chick Lit mais críticos (crítico = pano de fundo sério). Sua história é sobre a Rosie Richardson, uma mulher de trinta e poucos anos que desiste da vida que levava em Londres (o emprego chato; o namorado famoso, bonito e praticamente bipolar; os amigos do namorado, celebridades que só se importavam em ostentar a riqueza e aumentar a fama), e vai para um acampamento de refugiados na África.
"Esse foi o choque que eu senti pela primeira vez que o mundo não era seguro, que não era governado pela justiça, que não se podia confiar em nenhum líder. [...] Era impossível dormir. O pânico me dominou. Senti a culpa do mundo inteiro pesando nos meus ombros. Achei que ia ser descoberta, arrasada nas manchetes de jornais, mandanda para o xadrez. Era como se eu fosse cúmplice e que tivesse clamando por punição." (pag 126) Rosie assustada com o que viu em sua primeira viagem à África.

Na primeira metade da narrativa, o enredo é alinear, e intercala a Rosie em Londres contando sobre o seu namoro com Oliver, e ela chegando em Nambula e aprendendo a administrar
o centro de refugiados. Já na outra metade é a protagonista tentando organizar com o ex-namorado (ops! Será que isso foi um spoiler? =X) e seus amigos famosos um evento televisivo para arrecadar dinheiro para cuidar que os refugiados da região não morram de fome.
"Durante os últimos quatro anos, a miséria havia sido gradativamente substituída pela mundanidade para os refugiados, e também para nós. Mas era uma mundanidade bastante satisfatória. Nós nos supríamos mutualmente - expatriados e os refugiados. Íamos às festas noturnas deles, animadas pelos tambores e aquecidos pelas fogueiras, excitados pela África de nossas fantasias da infância. [...] - Saímos do túnel do nosso desespero, descobrindo que não só podíamos viver, mas também dançar - disse-me uma vez Muhammad, daquele seu jeito absurdamente poético." (Pag 33)

Muhammad é o meu personagem preferido do livro. Ele é uma espécie de sábio local que dá conselhos à Rosie, e está presente em momentos importantes da história.
"Ele soltou aquela gargalhada bem caprichada, depois fez cara séria.
- Então, talvez sejam os Dentes do Vento - disse, dramaticamente.
- Ai, meu Deus, Muhammad. Gafanhotos, por favor.
- Você não tem a poesia na alma. Isso é uma tragédia - comentou ele."
(pag 38)


Outro personagem divertido é o Henry, assistente da Rosie,que tá sempre de bom humor.

"- Poxa! Espero que o seu sutiã seja bem forte, minha velha! - berrou Henry. Ele costumava dizer isso toda santa vez, imaginando que havia acabado de inventar a frase." (pag 33) Cena em que eles estão chacoalhando dentro do carro na estrada toda esburacada.
Uma frase que se encaixa bem com as descrições dadas sobre Chick Lit é a seguinte:
"Eu vivia em dúvida sobre o que vestir em todas as ocasiões, mas nunca havia me preocupado muito com isso antes. Simplesmente convivia com o problema, como quando a gente convive com o fato de viver pensando que está gordo." (pag 121)
Deixo o livro como sugestão àqueles que querem conhecer o gênero, ou que querem se distrair com uma leitura simples, com alguns momentos divertidos, outros sérios, e a maioria sobre as dúvidas/complexos/segredos femininos. Vale lembrar também que a discussão central da história é sobre a futilidade no mundo das celebridades, que usam a caridade como forma de promoção pessoal.

3) A crítica do Chick Lit
"Ao contrário do que pensei ao ler “ chick lit”, associando-a com chicken, a expressão se refere a chicletes, chewing gum com a implicação de que as leitoras seriam do gênero que masca chicletes e que não é intelectual..."
Esse trecho é do
artigo "Literatura de mulherzinha", da pesquisadora Zahidé L. Muzar, que critica o Chick Lit, usando como argumentos principais seus objetivos nitidamente comerciais e seu formato pré-digerido.
"A chamada literatura de mulherzinha não passa de uma sub-literatura bem apropriada aos tempos atuais em que a rapidez da informação não permite uma reflexão maior e tudo tem de ser absorvido sem maiores esforços. É uma literatura de passatempo, meio folhetim para ler e esquecer a seguir.[...] a literatura de mulherzinha pretende englobar o que as mulheres escrevem como literatura de massa, uma literatura mais popular, escrita com objetivos nitidamente mercadológicos, seguindo esquemas e rótulos.[...] a chick lit é uma literatura alienada e alienante. Nosso mundo é hedonista, e a “cultura” só conquista as “massas” quando assume formas fáceis e agradáveis de digerir. Participa da indústria do romance, é um produto antes de qualquer coisa, no sentido de artigo de consumo." Muzar
Para ler todo o artigo, clique aqui.

4) Minha opinião sobre o Chick Lit

É um tipo de entretenimento, de distração, como assistir uma novela. A crítica do ponto de vista literário, é próxima da que existe sobre os livros do Paulo Coelho e das séries Harry Potter e Crepúsculo, por exemplo. Mas ainda tem a crítica sobre a imagem das mulheres nesses livros, preocupadas apenas com a nova moda e o namorado bonitão. O livro que eu li tem como pano de fundo uma temática séria, a fome, e isso talvez fuja um pouco do estilo da maioria dos livros do tipo. Afinal é o livro que antecedeu o responsável pelo boom do Chick Lit na década de 90 (O diário de Bridget Jones).
Eu concordo com a blogueira que diz que é preciso conhecer o estilo antes de criticá-lo, como também acho que é importante conhecer as críticas fundamentadas.

Vou deixar para vocês algumas fotos de capas do gênero.


Beijokas e obrigada aos que conseguiram chegar no fim do meu post gigante ;D

terça-feira, 4 de maio de 2010

Álbum de Fotos (I)

Hoje aconteceu algo diferente: saindo da aula de Estatística dava pra ouvir o som de uma guitarra vindo do pátio da faculdade. Algumas pessoas reunidas curiosas pra entender porque tinha dois caras cantando rock na hora do almoço.



Precisei ouvir o Daniel, diretor do CA de história, explicando que o que eu estava presenciando e filmando era um sarau de cunho político e cultural para chamar a atenção dos alunos da necessidade de reativar o CA de ciências sociais. Assim que possível eu posto no youtube (já estão no meu canal do YT!) as músicas e os discursos da manifestação.

* * *
Sabe aquela pessoa que dá OI do fundo do coraçãozinho dela? Pois bem! A Maria Clara é dessas. Sempre que eu estou lanchando vem a Clara com o seu tradicional "Oiiieeeeee Morganaaaaaa", bem cantado. (Vou tentar convencê-la de me deixar filmar e postar ela dizendo isso ^^)
Este pobre sanduíche foi vítima da mordida (quase fatal) dela. Reparem bem no formato côncavo no centro do meu finado lanchinho!


Não se enganem achando que foi minha mãe quem fez esse sanduíche gostoso e bem embalado pra mim. Fica aqui a propaganda: a Fernanda, também aluna de CS1-B (primeiro período de ciências sociais turma B), que vende sanduíche natural (R$ 2,00) e bombons ($ 0,75). Vou querer desconto depois desse merchandise ;) hahaha!


A Fernanda tava na turma do primeiro passeio com gente do curso, no comecinho de abril. Fomos assistir "A ilha do medo", filme confuso que nos deixou com cara de O.ô no final. Quem topa assistir de novo levanta a mão! \o/ Ou vocês preferem Blade Runner? (piadinha interna hoho!)

Beijokas ;)

domingo, 2 de maio de 2010

Tirando carteira de motorista (I) : A prova teórica

Eu acabei de fazer a prova escrita para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Quando eu digo acabei, é porque eu ainda nem sai da sala 08 da unidade da UEG (laranjeiras). Ainda estou esperando o cartão-resposta. Decidi então aproveitar o tempo para comentar a prova.

Essa prova escrita do DETRAN é alvo de muitas piadinhas, por ser considerada fácil/quase ridícula. Mas devo confessar que estava preocupada com o meu desempenho, por alguns motivos:
1°) A pressão da minha mãe para que eu não reprovasse (afinal o reteste custa quase R$180,00!);
2°) Minha falta de interesse em tirar a carteira de motorista (isso é uma coisa que não se explica, sei apenas que a idéia de dirigir não causa em mim o mesmo efeito que na maioria);
3°) As aulas teóricas, apesar do esforço dos professores (e aproveito para registrar o prazer que foi ter aula de direção defensiva com o prof. Rogério), são CHATAS! E ler aquela apostilinha é mais chato ainda.

(Recebi meu cartão-resposta e já terminei de preenche-lo. Faltam 10 minutos para eu poder sair da sala.)

Eu estudei para a prova apenas ontem (Sim! Eu estudei... como eu disse eu estava com medo de não passar >.<' ), e foi muito difícil me manter acordada enquanto eu lia o que era COTRAN, JARI, RENAVAM, DENATRAM e companhia. Acho que deu certo minha escolha de material de estudo: preferi um livrinho menor que tinha as perguntas que já caíram nas provas e a alternativa correta, organizadas em temas (legislação de trânsito, placas, direção defensiva, mecânica, primeiros-socorros, meio ambiente e cidadania), e umas questões para resolver. A opção que eu recusei era a apostila que eu ganhei da auto-escola, que era bem maior e com textos mal escritos. Das 30 questões da minha prova, no máximo 3 não estavam no livro que eu usei pra estudar. A questão mais engraçada foi uma perguntando o que um silvo longo significa, e entre as alternativas tinha a que dizia "motoristas a postos". HAHA! Imaginei os motoristas tensos se preparando pra largada de uma corrida em pleno centro de Goiânia. (Senso de humor estranho o meu, né!?)
Motoristas a postos! ;)

(Terminando o post no conforto do lar, trocentas horas depois da prova!)

Uma característica interessante (eu quase ousaria dizer 'sociologicamente falando') das aulas teóricas é a diversidade do nível de estudo formal dos alunos. Como o prof. Rogério comentou (e ele se tornou bem mais interessante quando disse que faz mestrado em Ciências Sociais), na sala tem gente que lê com dificuldade e que mal completou o 1° grau, como gente que tem nível superior completo... Na prova eu reparei outra coisa curiosa. Começamos a fazer a prova às 10:10, sendo que uma hora depois poderíamos entregá-la. Quando deu 11:10, a maioria dos candidatos foram embora. Todos os que ficaram (eu disse TODOS!), eram pessoas mais velhas comparada a moçada de 18-20 anos que é predomínio entre as pessoas que tentam tirar a CNH. O principal motivo pra isso eu acredito que seja a familiaridade que os jovens tem com provas objetivas, pois estão/são treinados para o vestibular. Por isso não gosto de dizer que a prova é ridícula e coisa do tipo, pois tem pessoas que têm dificuldades com ela - não necessariamente com o conteúdo.

Uma dúvida que eu tenho é sobre a justificativa da obrigatoriedade de ser alfabetizado para poder conduzir um veículo automotivo. Ou, complicando um pouco mais a questão, como ficam os analfabetos funcionais que conseguem ler uma placa (Vire à direita, por exemplo) mas não conseguem resolver uma prova de trinta questões em duas horas, por que têm dificuldade em interpretar textos. Levando em consideração que 68% da população brasileira é constituída por analfabetos funcionais (Segundo o dados do IBOPE de 2005), é possível uma avaliação teórica alternativa? Além de deixar esse questionamento para os leitores do blog, eu vou mandar um e-mail para o DENATRAN com essas dúvidas, e vou abordar esse assunto durante a aula de Sociologia amanhã.

Seguindo ainda essa temática da prova teórica, também quero perguntar pra Eliane, como a sociologia responde a questão 25 da minha prova:
"Qual o primeiro grupo social a que o homem está ligado?"
a) Comunidade.
b) Família.
c) Religião.
d) Escola.

Acho que esse assunto rendeu bastante pra quem não tem tanto interesse em dirigir, né!?
Beijokas ;)

sábado, 1 de maio de 2010

Morrendo em Abundância

Tenho uma novidade: desde quinta-feira, 29 de abril, eu faço parte dos estudantes que trabalham! Depois de 3 anos eu voltei a trabalhar com edição de vídeos com a Vera Cortes, na MIX.
Em 2006, na época que eu comecei a trabalhar na produtora MIX

Nos dois dias de trabalho que eu tive, eu não editei ainda. Só ajudei a organizar uns arquivos da produtora: faz cópia de tais DVDs, faz um DVD de tal vídeo, copia de um HD externo para o outro, assiste esse curta e me diz se é uma boa opção para o Canal Comunitário... Coisas assim! (Estou ansiosa pra aprender a editar no iMac! *-*)

Um dos DVDs que eu copiei era de um documentário chamado "MORRENDO EM ABUNDÂNCIA". O título me chamou atenção e eu acabei assistindo e me impressionando. Tanto que decidi escrever sobre o filme.

Morrendo em Abundância, de Yorgos Avgeroulos, Grécia, 2008

O documentário mostra a relação entre a fome e os alimentos. Estes como meras mercadorias, cujo objetivo não é alimentar, e sim gerar lucro.
"A maneira como a produção global de grãos estava sendo distribuída era simplesmente incompreensível para todos salvo um grupo de especuladores."
Bertolt Brecht, em Filosofia e Marxismo.
Esse trecho acima faz parte do texto que inicia o filme. É seguido por cenas dos homens que influenciam na vida de milhares de pessoas. Principalmente das famintas. São os especuladores.
"Eu não sei. Não faz parte dos meus pensamentos. Eu não sei, não penso sobre isso. Só estou tentando entender o que vai acontecer no mercado. Se é lógico ou não para mim não é questão. Porque o que conta para mim é como será a reação do mercado. Porque eu sou um especulador. Estou tentando ganhar dinheiro com a oscilação no preço de grãos." Victor Lespinage, especulador/apostador no mercado de grãos de Chicago.
O filme explica como o aumento dos preços dos alimentos causado por essas oscilações, causa fome e morte nos países mais pobres.
"Nos países ricos, um aumento no preço dos alimentos significa comida mais cara nos supermecados. No entanto, nas nações mais pobres, isso significa fome e morte quando muitos não podem pagar por eles." (narração)
Mostrando uma Indía bem diferente da novela, eles mostram como os pobres do país tentam sobreviver com o aumento dos preços de alimentos, apesar do aumento da produção de alguns tipos de alimentos lá. O filme também fala dos casos de suicídio de pequenos agricultores endividado por causa das sementes da Monsanto.
"A fome, que se tornou permanente e global, é uma criação totalmente do sistema global de alimentos. O sistema global de alimentos não é criado para alimentar as pessoas do mundo. É criado para aumentar os lucros da Monsanto, para as sementes da Cargil, para o comércio, para vender pesticidas, herbicidas, fertilizantes. [...] Se você quiser entender porque os preços estão subindo, porque as pessoas estão comendo menos, você só tem que prestar atenção nestas companhias." Vandana Shiva, ativista dos direitos agrícolas.
Eu acabei selecionando muitos trechos de falas do documentário, mas deixei as "melhores" para o final. A próxima resume bem os interesses do mercado mundial:
"Controle o petróleo e controlará as nações.
Controle os alimentos e controlará o povo!"
Henry Kissinger, 1974
Já a última é a cena final do documentário, que tem uma edição bem inteligente: o economista/especulador fala sobre o futuro comércio de água, e entre suas frases impactantes a cena de uma garotinha bebendo água com a ajuda da mãe, e em off as vozes monstruosas dos homens no mercado de grãos de Chicago.

"Se houvesse um mercado onde se juntassem pessoas que precisam de água e pessoas que a tem, e pelo interesse descobrissem - e está é uma palavra importante - descobrissem o preço deste produto, como ousaria um governo, como poderia um grupo de supostos intelectuais sentarem-se e dizer 'esse é o preço da água em todo o mundo' ?. Haverá circunstâncias onde algumas pessoas não terão água? Sim! Isso acontecerá. Esta é a dura realidade de como os mercados funcionam. Algumas vezes você ficou sem sabão? Sim! E de quem é a culpa? Provavelmente sua, porque você não foi à loja e comprou. Você poderia culpar o governo? Não, a culpa é sua!"
Dennis Gartman, especulador.


Cena de "MORRENDO EM ABUNDÂNCIA"

Essa fala pra mim, foi um soco no estômago. Assistam o documentário se tiverem a chance.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Histórias Brasileiras de Verão

Atualização sobre o desafio 50 livros em 2010: li o quinto livro do ano - Histórias Brasileiras de Verão, de Luis Fernando Veríssimo. É uma seleção de crônicas bem gostosinhas de ler. Gosto bastante do humor do LFV.
"Todo homem é ele e a sua vizinhança. E se é verdade que o maior mistério e desafio do homem é sempre o outro, então o vizinho é o outro na sua versão mais radical. É o outro do lado." [pág 183]
Nesse livro são várias as crônicas sobre relacionamentos, que vão desde o inicio de namoro até o fim do casamento. Devo confessar que achei algumas um tanto machistas, mas creio que seja mais porque ele retrata bem como é a sociedade de classe média brasileira. Uma das que eu achei mais interessantes foi a "Cuidado com o que você pede": existe uma surpresa no fim do texto que ajuda a exemplificar bem o que é a crônica. Diálogo entre um homem e a Luana Piovani, sozinhos numa ilha deserta:
" - Como é que eu ia saber que a pergunta não era hipotética? Que quando o cara me perguntou que livro, que filme e que mulher eu levaria para uma ilha deserta, não era pesquisa? Que ele ia interpretar não como um sonho, mas como um pedido?
- Você devia ter desconfiado do turbante." [pág 65]
Por falar na Piovani, ela é a paixonite platônica do Luis Fernando. Nesse livro, são duas as crônicas que citam ela. Em uma entrevista/conversa entre o escritor e o amigo, também escritor, Marcelo Rubens Paiva,
Verissimo: Meu sentimento pela Luana Piovani é avuncular.
Marcelo: Isso tem cura?
Verissimo: Nunca soube bem o que quer dizer isso, mas é um sentimento sincero, e nunca passará disso. Até ela telefonar, claro.
Fofocas literárias de lado, fica a dica para uma leitura leve. LFV é uma boa companhia e ajuda a distrair a mente dos Foucault e Florestan da vida. E ele solta cada uma:
"Acabei encontrando meus sapatos, que não tinham fugido, só ido dar uma volta. Mas desde então não tiro mais os sapatos em cinema. Ou tiro um de cada vez. Claro que não penso seriamente que eles vão fugir, que idéia. Mas se por acaso existe o plano, sei que um não ira sem o outro." [pág 269]

Beijocas ;)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Goiânia em Cultura

Terça, depois de pensar bem, eu decidi pegar um núcleo livre. A disciplina chama-se "Museus, Museologia e interdisciplinariedade", e a professora é a Manuelina. Em pleno feriado tivemos aula no MIS, Museu de Imagem e do Som de Goiânia, e foi muito interessante. O museu está com uma exposição temporária (até dia 07 de junho) chamada "Mulheres - ritos e retratos": é uma exposição fotográfica que tem como tema central a mulher goiana do período compreendido entre 1910 e 2010. Focaliza a mulher em diferentes situações sociais, como o casamento, a maternidade, a família e o trabalho.


mulher não identificada da década de 1960, Alois Feichtenberger.
(Adesivo da decoração do corredor que
leva à exposição Mulheres - ritos e retratos)

Quem nos guiou foi a Stela H. Figuereido, diretora do MIS e curadora dessa exposição. Gostei quando ela falou sobre como é visitar uma exposição mais de uma vez: você sempre tem percepções novas, descobre detalhes que antes passaram despercebidos, conhece novos pontos de vistas quanto é guiado por outra pessoa... Sobre o guia, ela estava comentando que também é fotógrafa, e isso lhe dá uma olhar mais direcionado nessa área, logo seus comentários são diferentes de uma pessoa que é historiadora e faça o mesmo trabalho de guiar os visitantes do museu. Isso me lembrou uma veterana brincando no chat de ciências socias que não iria no Museu Antropológico na Semana de Calouro, porque já tinha visitado o museu antes. Acho que valer rever isso, né?

Estou planejando visitar novamente tanto a exposição do MIS, quanto a do Museu Antropológico, além de ir conhecer o Museu Goiano Zoroastro Artiaga (que está com a exposição fotográfica "Não iremos mais à mina - os últimos mineiros de carvão"). Seria legal reunir uma turma para isso, então quem tiver interesse já deixa um comentário no fim desse post! \o/

O MIS fica no Centro Cultural Marieta Telles Machado (seria preciso outro post para colocar as bibliotecas que levam o nome dela!), que possui também: o Cine Cultura Eduardo Benfica, a gibiteca Jorge Braga, a sala multimeios (onde a comunidade tem acesso aos acervos fonográficos e videográficos do Museu da Imagem e do Som), uma biblioteca em Braille e a Biblioteca Pio Vargas. Além de abrigar o escritório do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA).


Falando no FICA, quarta-feira (no dia da minha visita ao MIS), o júri estava reunido no Cine Cultura assistindo e selecionando os filmes do festival desse ano. Eles estão nesse trabalho à mais de mês! Quem quer ir no FICA em 2010 levanta a mão. \o/

Comentem no post mais cultural desse blog.
X.O.X.O. (Beijinhos)


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Ciências Sensuais

Na primeira aula de dança do ventre (no início de março), a professora Elô reuniu a turma e perguntou porque queríamos aprender esse tipo de dança. A maioria das respostas incluía: porque é uma dança sensual. Argumento que eu também utilizei (depois de dizer que melhora a auto-estima, faz bem pro corpo feminino, e que eu tinha curiosidade pela cultura da qual a dança do ventre deriva)!
E para a surpresa da maioria, a Elô falou que a sensualidade da dança estava na maneira de se dançar. E lembrou que quando é dançada por crianças não é pra ser sensual, e sim alegre! Tudo depende das expressões faciais e da intenção da dançarina. Ver a Elô dançando me tira essa concepção da dança do ventre, já que o que ela quer passar na dança é felicidade. Seus sorrisos são quase pueris e torna o clima da dança outro.

A Elô sorrindo! (foto by: Maria Clara)

Quando eu escolhi fazer, além das aulas de dança do ventre, aulas de Street Dance, eu pensei que seria uma coisa mais "mano"! Bem oposto à sinuosidade da primeira. Hoje eu percebi que me enganei (de novo!).

Na aula de Street já estamos começando (nós não, o Rafael!) a montar a coreografia da apresentação de fim do ano, e vamos dançar um mix de várias músicas. Entre elas está Video Phone, da Beyoncé com participação da Lady Gaga (que está bem sem-gracinha nesse clipe) :



Para essa música vamos usar os estilos Street Jazz e Ragga (pelo que lembro do Rafael falando). Existem vários estilos para dançar Street, mas foi quando esses dois foram explicados que eu me surpreendi. O Rafael, professor de Street, estava tentando explicar o "Feeling" da música e do estilo que ela pede. São passos exibicionistas, grandes, pra chamar a atenção.
O primeiro passo era
andar. Simples, né!? Mas andar rebolando, jogando o quadril pra lá e pra cá de maneira que se possa cantar junto com a Beyoncé "They like the way I'm walkin' ", e ainda fazendo um movimento com as mãos como quem esnoba aqueles que está atraindo.
"É uma dança sensual!" concluiu o professor depois das sutilezas com que disse que é uma dança com segundas intenções, feita pra seduzir.

Agora vamos a dificuldade: conversando com a Thamires, uma colega da aula de Street, chegamos a conclusão que o mais difícil não é executar os passos, e sim perder a vergonha. É preciso manter o "carão" e baixar a Beyoncé ainda que por 1 minuto apenas. ;)

Para terminar, um vídeo de uma pequena sequência de outro estilo criando pela Madona nos anos 80:



Viva as ciências sensuais (hahaha) !
Beijokas xD
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