"Todo homem é ele e a sua vizinhança. E se é verdade que o maior mistério e desafio do homem é sempre o outro, então o vizinho é o outro na sua versão mais radical. É o outro do lado." [pág 183]Nesse livro são várias as crônicas sobre relacionamentos, que vão desde o inicio de namoro até o fim do casamento. Devo confessar que achei algumas um tanto machistas, mas creio que seja mais porque ele retrata bem como é a sociedade de classe média brasileira. Uma das que eu achei mais interessantes foi a "Cuidado com o que você pede": existe uma surpresa no fim do texto que ajuda a exemplificar bem o que é a crônica. Diálogo entre um homem e a Luana Piovani, sozinhos numa ilha deserta:
" - Como é que eu ia saber que a pergunta não era hipotética? Que quando o cara me perguntou que livro, que filme e que mulher eu levaria para uma ilha deserta, não era pesquisa? Que ele ia interpretar não como um sonho, mas como um pedido?- Você devia ter desconfiado do turbante." [pág 65]
Por falar na Piovani, ela é a paixonite platônica do Luis Fernando. Nesse livro, são duas as crônicas que citam ela. Em uma entrevista/conversa entre o escritor e o amigo, também escritor, Marcelo Rubens Paiva,
Verissimo: Meu sentimento pela Luana Piovani é avuncular.Fofocas literárias de lado, fica a dica para uma leitura leve. LFV é uma boa companhia e ajuda a distrair a mente dos Foucault e Florestan da vida. E ele solta cada uma:
Marcelo: Isso tem cura?
Verissimo: Nunca soube bem o que quer dizer isso, mas é um sentimento sincero, e nunca passará disso. Até ela telefonar, claro.
"Acabei encontrando meus sapatos, que não tinham fugido, só ido dar uma volta. Mas desde então não tiro mais os sapatos em cinema. Ou tiro um de cada vez. Claro que não penso seriamente que eles vão fugir, que idéia. Mas se por acaso existe o plano, sei que um não ira sem o outro." [pág 269]
Beijocas ;)
A do veríssimo adorei!!
ResponderExcluirsei bem o que é isto... heheheh
;D
adorei *-*
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