Enquanto eu caminhava entre as estantes da feira de troca de livros, vi dois olhos tristes me encarando. Talvez seja exagero meu. Talvez eu nem os tenha notado naquele dia. Mas hoje, tentando escrever sobre o livro que tem na capa esses olhos, percebo o quanto gosto deles. Entre a cartola e o bigodinho característicos, foram os olhos do Charlie Chaplin que eu descobri depois de ler sua biografia.
Se não tenho certeza quanto aos olhos, posso afirmar que no dia em que vi o livro, fiquei em dúvida se ficava ou não com ele. "Nossa, a biografia do Charlie Chaplin, que legal!" - devo ter pensado - "Ah, mas é dessas coleções de biografias fininhas... 'Personagens que mudaram o mundo - Os grandes humanistas'. Será que é confiável?!".
"Charlie Chaplin", de Pam Brown, pode até ser confiável em suas 64 páginas, mas graças à David Robinson e a biografia de sua autoria "Chaplin, Sua Vida e Arte". Isso por que a impressão que eu tive foi que a obra da Brown é um resumo da obra do Robinson, que é sempre citada, e que recebe até mesmo um agradecimento no início do livro. Mas é um resumo bem feito, diga-se de passagem: com capa dura e muitas imagens. Sem contar que me deixou com vontade de ler mais sobre o Chaplin, e de assistir seus filmes - e é com vergonha que eu admito nunca ter assistido nenhum filme inteiro dele.
Chales Spencar Chaplin deve uma vida de contos de fadas moderno. Teve uma infância difícil do lado do irmão e da mãe, que era a responsável por encantar a vida do filho com brincadeiras envolvendo mímicas e por colocá-lo em situações críticas quando ela tinha crises de saúde e ficava internada. Viveu a pobreza da Inglaterra do fim do século XIX, e levou muito de sua vivência aos seus filmes, em que tanto se dedicou. Filmes que o tornaram famoso no mundo todo. Uma das coisas mais curiosas da vida dele é que Charlie, que se considerava um cidadão do mundo, foi acusado de ser comunista e exilado dos EUA durante o macartismo. Morreu velhinho, aos 88 anos, dormindo na manhã de natal.
"Eu não ria de Charlie até chorar. Na verdade, eu ria para não chorar, o que é bem diferente." Um crítico de cinema.
Adorei conhecer um pouco mais sobre o cara da cartola/bigode/bengala, e descobrir sua vida e olhos incríveis. *o*
Beijokas e inté.
Obs.: pular carnaval é para os fracos. Esse ano eu quero é uma sessão do Vagabundo mais doce do mundo. ;D
Como sempre o privilegio de ser o primeiro a comentar é meu.
ResponderExcluirGatinha, quando vamos assistir os filmes dele?
Ah, que fofo!É o que penso sou de olhar para ele. Vou comprar esse livro. Sério, é impactante ver o rosto dele limpo...rs
ResponderExcluirBeijocas
que legal a tua resenha, gostei deste tom bem pessoal. Fiquei impressionada com a imagem dele fora das telas, é uma figura que merece mesmo ser mais conhecida.
ResponderExcluirestrelinhas coloridas...