segunda-feira, 25 de julho de 2011

Morgana e o(s) filminho(s) dela

Mães são autoras das melhores frases. Fato! Reflitam comigo: resolvo assistir um filme com a minha mãe, ela dorme quase o filme todo e depois que eu conto o final para ela, eis que ela diz: "Morgana e o filminho dela". Ah, se ela soubesse o que essas palavras provocaram em mim...

Desde ontem que eu estou tentando escrever sobre filmes. Primeiro tentei Distrito 9, que com algum esforço criativo poderia comparar com Além do Azul Selvagem (já que ambos têm alienígenas e formato de documentário) e abordar temas sociológicos e antropológicos interessantes presentes no filme apadrinhado pelo Peter Jackson, como a questão racial, a marginalização de grupos sociais e diferenças culturais tanto entre terráqueos e extraterrestres, quanto entre sul-africanos e nigerianos. Depois tentei escrever sobre Tokio Blues, um filme japonês com uma fotografia linda que fez meu coração bater mais forte algumas vezes. Pensei em começar com a sinopse da história: o jovem universitário apaixonado por duas mulheres, a ex do seu amigo suicida e a colega bonita (e sexy). Uma representava a tradição, a outra a modernidade que os anos 60 traziam... sim, descobri isso ao ler uma resenha sobre o livro Norwegian Wood do qual o filme foi adaptado. Lembro que ia finalizar contando que fiquei com vontade de ler o livro do Haruki Muraki e um outro chamado Culturas da Rebeldia: a Juventude em Questão, o primeiro livro de sociologia que tive contato ainda na época que eu ia estudar para o vestibular na biblioteca e ficava namorando as estantes nos intervalos de descanso. Quando li que o filme se passava no Japão dos anos sessenta, já achei muito curioso (os animes que assisti eram de um tempo presente ou algo mais histórico como a era Meiji) e continuei achando quando ouvi uma canção dos Beatles com sotaque japonês ou assistindo as cenas de manifestações de estudantes contra a guerra do Vietnã. Eu tentei escrever sobre tudo isso, mas faltou um empurrãozinho.


Foi o "Morgana e o filminho dela" que me fez começar esse texto. Sabe como é, né?! Eu assisto um tipo de filme porque eu gosto, logo, quando criticam esse tipo, tenho que defendê-lo. Sinto-me na necessidade de falar um pouco sobre os filmes que eu gosto de assistir. Lentos, monótonos, chatos... já falaram tudo isso sobre eles. Chegaram a dizer que quando eu vou escolher algo para assistir, procuro aquele filme com mais cara de "cult".

Eu sou uma pessoa paciente. Gosto de ouvir histórias. Adoro ouvir línguas estrangeiras. Resultado: vire e mexe eu estou assistindo filme espanhol, alemão, chinês, mexicano, argentino, japonês... Acontece que como são países com cultura e contextos históricos diferentes, não podemos esperar que tenham o mesmo formatão do cinema hollywoodiano. Sim, alguns até se aproximam, mas desses eu fujo. (Talvez tenha esse lance da capa cult mesmo...) Também não quero aqui crucificar o cinema que nos acompanha desde pequenos, com seus mocinhos e bandeiras americanas. Só quero poder assistir algo "diferente" e que me proporcione novas experiências como espectadora.

Filme chato pode ser tanto aquele com uma narrativa mais lenta, sem explosões e piadas bobas, ou aqueles que você já sabe o final antes da metade da história. Ou simplesmente, chata sou eu! ;D

Deixem o cinema surpreendê-los! Beijokas e inté!

p.s.: Vou, na medida do possível (e da minha coragem em atualizar o blog), escrever sobre os "meus filmes". Preparem-se! ;)

p.s.2: Na montagem, cartazes de filmes que assisti recentemente. É claro que eu não coloquei minha fase de filmes "sessão festa de pijama de garotas", em que assisti "P.S: Eu Te Amo", "Os Garotos de Minha Vida" e "500 Dias com Ela". Poisé! Defendo o direito de assistir filmes diferentes, mas assisto filmes sessão da tarde também. Coisas da vida... ;D

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